CHEGUE NA PAZ

28 de fev. de 2015


E a culpa foi criada...

"Você foi pro­gramado de tal modo que não pode viver alegremente. Toda a alegria foi contaminada, toda a alegria foi envenenada, toda a alegria foi condenada. E você ouviu a condenação repetida muitas vezes — do padre, do pai, dos professores, de todo o mundo —, tanto que ela se tornou uma ideia muito, muito enraizada em você de que há algo errado em ser alegre.
Retorne, lembre-se de seus dias de infância.
Sempre que você estava contente, alguém se aproximava para dizer: “O que você está fazendo? Por que você está gritando? Por que você está dançando? Papai está lendo o jornal, ele será perturbado”.
O papai e seu tolo jornal, e de repente sua alegria fica mutilada. Você quis correr ao sol e não lhe foi permitido; você foi forçado a sentar-se no quarto em um canto escuro.
Você quis escalar as árvores, mas aquela tola lição de casa estava ali e tinha de ser feita. Você quis falar com os pássaros e brincar com os cachorros e as crianças e foi forçado a sentar-se dentro de uma escola como uma prisão durante seis, sete horas...
Você não percebe o que está fazendo com suas crianças, não vê o que foi feito a você. As crianças pequenas estão sendo forçadas a se tornar prisioneiras; sua vida começa a ficar mutilada desde então.
Não lhes permitem se mover — e elas são energias borbulhantes. Elas gostariam de cantar, de explodir em canções e danças, de escalar árvores e montanhas, de nadar nos rios e nos oceanos. Mas a dança não é permitida, a celebração não é permitida. O que é permitido é antinatural e o que não é permitido é natural.
Temos de achar um tipo humano de educação no mundo; a educação que existe é muito desumana.
Temos de achar formas para que a criança possa brincar ao sol e ainda aprender um pouco de aritmética. Isso pode ser feito — uma vez que sabemos que a aritmética não é tão importante como brincar ao sol; uma vez que o assunto foi decidido, então podemos achar formas.
Um pouco de aritmética pode ser ensinada, e um pouco é preciso. Nem todo mundo vai se tornar um Albert Einstein. E esses que vão se tornar Albert Einstein, eles não se preocuparão em brincar ao sol — sua alegria é a aritmética, essa é sua poesia. Então é diferente, então é totalmente diferente; então o crescimento não é impedido e a culpa não é criada."

( Osho )