CHEGUE NA PAZ

26 de set. de 2014


Diz a sabedoria indígena que quando não cumprimos o que prometemos, o fio de nossa ação, que deveria estar concluída e amarrada em algum lugar, fica solto ao nosso lado. Com o passar do tempo, os fios soltos enrolam-se em nossos pés e impedem que caminhemos livremente... E se não cumprimos o que prometemos ficamos impossibilitados de andar com naturalidade. Como se desse dois passos para frente e quatro para trás.

Ficamos amarrados às nossas próprias palavras. Por isso os nativos têm o costume muito antigo de 'pôr-as-palavras-a-andar' que significa agir de acordo com o que se fala; Isso conduz à integridade entre o pensar, o sentir e o agir no mundo e nos conduz ao Caminho da Beleza onde há harmonia e prosperidade naturais. Por isso, aquele que promete e não cumpre fica rodando em círculos sem sair do lugar. Para libertar desta energia, é bom procurar a pessoa, reatar laço pessoal e realizar aquilo que prometeu.

Depois de compreender que essa prática é necessária, além de tudo, como aprendiz deve estar atento a 'cumprir o que promete', o Xamã rico de sabedoria e iluminação sempre se reúne para estudar e praticar o "fio da nossa ação", para que ele não fique solto... Quando os aprendizes se encontram para praticar e debater, após ter compreendido que a mudança tem de ser íntima e no próprio coração, então eles dizem: "o Xamã se aproxima de seu templo". Aqui o Xamã é o sábio e traduz a linhagem dos mestres; o templo é o coração purificado. E neste estado a pessoas mais desenvolvida da tribo, dirigir-se-á aos lugares sagrados para buscar inspiração e iluminação cada vez mais profunda para realizar ensinar práticas mais eficazes na realização do "fio da nossa ação".

Muito interessante esta prática e, Carlos Castanheda conta num de seus livros, que seu mestre Dom Juan Matus índio da tribo Yaqui do deserto de Sonora no México, mandou que ele procurasse todas pessoas que ele vai prometido alguma coisa, desse um presente especial, algo que elas estavam precisando e agindo assim libertaria de suas promessas, ficando livre para andar no caminho da beleza.

Segundo Louise Hay essa sabedoria indígena de 'pôr-as-palavras-para-andar', em que a pessoa diz claramente o que se pensa pois, se guardar estas reflexões, ficará bloqueado. “É preciso falar, mas usando as palavras e pensamentos certos. Afinal, se somos o que pensamos, precisamos ter muita atenção com o nosso pensamento”.

Hein cara-pálidas! Tem gente que dá dois passos pra frente e quatro pra trás e, vive culpando os outros. É muito forte esta prática, eu já pratico e vou continuar a praticá-la. Ensina ser mais cuidoso com a vida que levamos, com a palavra que empenhamos. O ser humano de antigamente era conhecido por ser uma pessoa de palavra. E diziam assim: fulano empenhou a palavra, ele vai cumprir. Noutras vezes diziam: Fulano é um homem de palavra. A palavra de fulana é um contrato. Serve para reflexão. Paz Profunda! Grande abraço perfumado com palavras de luz.

Fonte: Don Miguel Ruiz. Os Quatro Compromissos: O livro da Filosofia Tolteca. Editora Best Seller.