CHEGUE NA PAZ

28 de nov. de 2013


Talvez eu venha 
a envelhecer rápido demais. 
Mas lutarei para que cada dia 
tenha valido a pena.

Talvez eu sofra inúmeras desilusões 
no decorrer de minha vida. 
Mas farei que elas percam a importância 
diante dos gestos de amor que encontrei. 

Talvez eu não tenha forças 
para realizar todos os meus ideais. 
Mas jamais irei me considerar um derrotado. 

Talvez em algum instante 
eu sofra uma terrível queda. 
Mas não ficarei por muito tempo 
olhando para o chão. 

Talvez um dia o sol deixe de brilhar. 
Mas então irei me banhar na chuva. 

Talvez um dia eu sofra alguma injustiça. 
Mas jamais irei assumir o papel de vítima. 

Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos. 
Mas terei humildade para aceitar as mãos 
que se estenderão em minha direção. 

Talvez numa dessas noites frias, 
eu derrame muitas lágrimas. 
Mas não terei vergonha por esse gesto. 

Talvez eu seja enganado inúmeras vezes. 
Mas não deixarei 
de acreditar que em algum lugar 
alguém merece a minha confiança. 

Talvez com o tempo eu perceba 
que cometi grandes erros. 
Mas não desistirei de continuar 
trilhando meu caminho. 

Talvez com o decorrer dos anos 
eu perca grandes amizades. 
Mas irei aprender 
que aqueles que realmente 
são meus verdadeiros amigos 
nunca estarão perdidos. 

Talvez algumas pessoas 
queiram o meu mal. 
Mas irei continuar plantando a semente 
da fraternidade por onde passar. 

Talvez eu fique triste 
ao concluir que não consigo 
seguir o ritmo da música. 
Mas então, farei que a música 
siga o compasso dos meus passos. 

Talvez eu nunca consiga 
enxergar um arco-íris. 
Mas aprenderei a desenhar um, 
nem que seja dentro do meu coração. 

Talvez hoje eu me sinta fraco. 
Mas amanhã irei recomeçar, 
nem que seja de uma maneira diferente. 

Talvez eu não aprenda 
todas as lições necessárias. 
Mas terei a consciência 
que os verdadeiros ensinamentos 
já estão gravados em minha alma. 

Talvez eu me deprima por não ser capaz 
de saber a letra daquela música. 
Mas ficarei feliz 
com as outras capacidades que possuo. 

Talvez eu não tenha motivos 
para grandes comemorações. 
Mas não deixarei de me alegrar 
com as pequenas conquistas. 

Talvez a vontade de abandonar tudo 
torne-se a minha companheira. 
Mas ao invés de fugir, 
irei correr atrás do que almejo. 

Talvez eu não seja exatamente 
quem gostaria de ser. 
Mas passarei a admirar quem sou. 
Porque no final saberei que, 
mesmo com incontáveis dúvidas, 
eu sou capaz de construir uma vida melhor. 

E se ainda não me convenci disso, 
é porque como diz aquele ditado: 
“ainda não chegou o fim ”Porque no final não haverá 
nenhum “talvez” e sim a certeza de que a minha vida 
valeu a pena e eu fiz o melhor que podia. 

(Aristóteles Onassis)