CHEGUE NA PAZ

28 de jul. de 2013


Os nossos maiores medos: - Medo da mudança; - Medo de perderes o controle; - Medo de arriscar; - Medo da Insegurança; - Medo da Incerteza; - Medo da provação material;- Medo de avançar e encarar o futuro.

O nosso perfeccionismo, o excesso de controle e de auto-controle, e o medo de errar criam em nós uma necessidade de sermos mais flexíveis, tolerantes e menos rígidos conosco.

Devemos procurar perdoar-nos e libertarmo-nos desse peso que carregamos, muitas vezes, sobre acontecimentos sobre os quais não tivemos a mínima responsabilidade, ou sobre os quais agimos de acordo com a nossa consciência da altura. Neste momento é muito importante que afirmemos a nossa Verdade, que sigamos a Vontade da nossa Essência, que acreditemos em nós e em todo o nosso potencial, que não nos auto-limitemos, que não resistamos mais, que respeitemos aquilo que sentimos, procurando ser mais assertivos e procurando expressar mais livremente as nossas emoções e opiniões.

Todos nós estamos "condenados" a evoluir, pela dor ou pela consciência (percebendo os sinais da vida, percebendo o que a vida nos pede e fluindo com ela - ao sentirmos os ventos da mudança, não devemos esperar a tempestade...). Mas na verdade, acabamos sempre por evoluir, com mais ou menos perda, com mais ou menos sofrimento...

Outra coisa que é necessário termos consciência, é que nesta experiência da matéria, na experiência da dualidade, o coração vai doer-nos muitas vezes, vamos magoar-nos e tudo isso é positivo. Isto é a dor / a tristeza é alquímica. Significa que estamos em contato com as nossas emoções, só precisamos de deixar de fugir delas (tal como não fugimos da alegria), percebermos qual a sua origem e chorá-la...

Ao nos conectarmos profundamente com as nossas emoções (boas e menos agradáveis), vamos tornando-nos seres mais emotivos e passamos a vibrar em consonância com a nossa Essência e com a nossa Alma.

Quanto menos resistirmos a sentir, mais as emoções "densas" deixam de ter controlo sobre nós e sobre as nossas decisões. O segredo está em deixarmos de criar expectativas em relação aos outros. Isto é: há pessoas que nos são chegadas, de quem gostamos ou que sentimos determinada afinidade. Mas pensemos assim: tal como nenhum de nós é perfeito, conhecemos as nossas limitações e sabemos que podemos errar a qualquer momento, os outros também, por mais que gostemos deles.

Devemos perguntar-nos o que nos levou muitas vezes a "servir" e "dar algo" aos outros. Isto é: claro que foi com boa intenção e porque gostamos deles. Mas devemos ir mais longe: Muitas vezes nas nossas vidas fomos prestáveis e solícitos, querendo agradar os outros, porque transportamos uma grande ferida de rejeição (que esconde uma grande culpa).

A culpa (muitas vezes inconsciente e kármica) faz com que tenhamos dificuldade em gostar de nós porque não nos perdoamos, então precisamos que os outros nos aceitem, na ilusão de que se assim for, iremos finalmente gostar de nós...

Quando somos muito solícitos, agradáveis e prestáveis, muitas vezes estamos inconscientemente a pedir aquelas pessoas que nos perdoem (muitas vezes de atos kármicos de vidas anteriores, dos quais não temos consciência), e pensamos que se assim agirmos, nunca iremos ser rejeitados por aquela(s) pessoa(s).

O problema está quando o fazemos e depositamos expectativas no retorno por parte dessas mesmas pessoas... acabamos por nos desiludir com essas pessoas, porque geralmente a pessoa não corresponde tal como esperávamos, e muitas vezes, mais cedo ou mais tarde acaba por nos rejeitar, e se focarmos focados no exterior, vamos ficar a achar que essa pessoa foi uma ingrata. A resposta está no móbil da ação: isto é: perguntemos a nós próprios o que nos levou a "servir" essas pessoas. Fizemos só porque sim, porque sentimos vontade, independentemente do retorno, ou muitas vezes, mesmo sem vontade, "servimos", só pelo medo do que pudesse acontecer se não o fizéssemos (por ex: sermos rejeitados por essas pessoas).

Todos nós aprendemos estas lição e a resposta é: façam apenas aquilo que sintam vontade e que considerem justo, e que é da vossa responsabilidade. Se não têm vontade, nem é da vossa responsabilidade, ousem ser quem são, e dizer não, insistam, e vão ver como é libertador. No fundo essas pessoas estão (mesmo que inconscientemente) a servir de espelhos para nós, para que ganhemos consciência da nossa ferida de rejeição, para que a possamos ir trabalhando.

Tudo aquilo que atraímos do exterior e que nos magoa, corresponde à crença que temos sobre nós próprios. Somos nós que não nos perdoamos, somos nós que nos rejeitamos, somos nós que não nos achamos merecedores.

Quando começarmos a empenhar-nos verdadeiramente no nosso processo e tomarmos consciência dos seres absolutamente luminosos que somos, começaremos a gostar mais de nós próprios, a nos valorizar, a não tolerar mais certas frases, nem comportamentos dos outros para connosco, essa luz vai começar a emanar para o exterior, os outros vão começar a respeitar-nos mais e vamos também atraindo cada vez uma maior número de pessoas que nos respeitam e nos compreendem!