CHEGUE NA PAZ

16 de mar. de 2012

A inteireza da vida

Ninguém vive pela metade.
O espaço de vida de cada um é o que cada qual tem de inteiro.
Se dura vinte ou cinqüenta anos, não faz diferença.
O que conta é que uma vida é uma vida.


Não existe meio amor, meia felicidade, meia saudade.
Todo sentimento por si só é inteiro.
Ou a gente é feliz ou não é; ou ama, ou não ama; ou quer, ou não quer.
Quando amamos, dúvida não existe; se queremos realmente,
dúvida não existe; se somos felizes...
cadê o espaço pra infelicidade, se a felicidade toma conta de tudo?!


Então, se você se sente nesse meio caminho,
talvez seja o momento de parar e refletir um pouco na sua existência.
A vida é inteira, mas não temos a vida inteira para decidirmos vivê-la intensamente.
Temos o agora. Há quem diga que pelo fato de ser jovem ainda tem tempo.
Mas quem, além de Deus, sabe dizer a medida da vida de cada um?
Perdemos preciosos minutos no nosso hoje com a idéia que amanhã
as coisas acontecerão e que podemos esperar.


Quando começamos a medir e pesar nossos sentimentos, não vamos a lugar nenhum.
Haverá sempre uma luta cerrada entre o coração que quer viver
e a razão que mede conseqüências. Medindo dificuldades, não fazemos nada.
Se devemos medir alguma coisa, devem ser então as possibilidades.
Aí sim estamos no caminho certo.


Para os pessimistas uma pedra é um estorvo, para os otimistas é um pedacinho
do alicerce da própria vida. O segredo está no olhar
com que cada um vê as situações.


Só enfrentando os medos e o desconhecido é que conseguiremos viver
de forma inteira essa vida que se oferece a nós em pedaços.
Ninguém disse que não há riscos. Mas não é melhor arriscar do que viver
o restante dos nossos dias na infelicidade de se perguntar o que
teria sido se tivéssemos tentado?


Quando fizer alguma coisa, faça com inteireza de coração.
Ame totalmente, ria totalmente, faça de tudo um todo.
A vida é bela demais para ser deixada em suspenso.
O amor é bom demais para que possamos vivê-lo em pequenas partes,
sem que o tornemos real e possível.


Tente viver com a metade do seu coração e veja se consegue...
difícil ser feliz sem ser completo. Impossível ser completo parado
num caminho de indecisões.


O coração talvez não seja o melhor conselheiro.
Mas é o que nos mantém vivos e que está sempre junto, sempre ligado a nós.
Deixe, pelo menos uma vez, que ele fale mais alto...


Letícia Thompson