CHEGUE NA PAZ

8 de abr. de 2011

O farol

Contemplo à distância, em pleno e alto mar, a construção de pedras, rígida.
É um farol, destinado a orientar o rumo dos viajores, no seio das noites escuras, transladando-se em suas embarcações. Lá está ele para servir,
para advertir, para salvar...

O mar, agigantado e inquieto, ataca-o com suas vagas enormes.

No fluxo e refluxo das ondas, o farol continua a fulgir, imperturbável.

Sequer se importuna com os continuados e perigosos golpes que lhe desfere o mar, uma vez que seu objetivo é servir.

Meu amigo, no mar de experiências vultuosas, onde você se encontra, aprendendo a trabalhar e a brilhar, cooperando, não se permita desalento ou desistência indevida, em face da gama de problemas que lhe visite os dias, nem se deixe abater pelos rugidos ameaçadores das tentações diárias.

Continue a fazer a sua parte, a contribuir com a claridade que pode projetar, mesmo que mínima, para que demonstre o seu valor moral, sem medo.

Veja o exemplo do farol em pleno mar! Quando o navegante avança no seio da noite ampla, não se detém mirando o avultado estuário das águas. Observa tão somente a luz acima que lhe aponta o rumo.

Aprenda a fazer luz. Muitos precisam de você...

Mire-se no farol!

Texto: extraído do livro “Rosângela”
J. Raul Teixeira
Editora Fráter – Niterói – RJ