CHEGUE NA PAZ

27 de mar. de 2011

O futuro da humanidade

No século XIV a.C., no reinado do Faraó Amenóphis IV, posteriormente conhecido por Akhenaton, o culto a Aton (Disco Solar), o primeiro monoteísmo da história, foi implantado no Egito, para, poucos anos após, desaparecer nas névoas do tempo.

Akhenaton, que foi um verdadeiro Príncipe da Paz, deixou-nos um importante legado espiritual, plenamente válido e precioso para a Humanidade no século XXI, que já enfrenta sérios problemas de ordem planetária.

Talvez os seus ensinamentos possibilitem aos seres humanos o resgate das suas Raízes Solares, espirituais e físicas, auxiliando cada um de nós a encontrar o seu verdadeiro lugar no Universo, objetivo principal de nossa existência neste planeta.

Aquele que conseguir despertar o seu “Sol Interior” terá o dever de mostrar aos seus irmãos de jornada o caminho para essa descoberta.

E que os “Filhos do Sol” despertem e encontrem-se nesta vida!
Você costuma, antes de cada refeição, agradecer pelo alimento que a vida coloca, generosamente, à sua disposição? Em certas famílias, agradecer pelo alimento recebido é um ritual obrigatório. Embora este seja um costume bem comum, pouquíssimas pessoas têm o hábito de agradecer por outra forma de alimento, tão necessária para a nossa vida quanto um prato de comida.

Estamos falando do conhecimento, que é o alimento da alma, daquilo que tem o dom de nos transformar em verdadeiros seres humanos. Existem conhecimentos que são meras ferramentas para a nossa sobrevivência.
Mas existem aqueles que nos transformam não apenas em pessoas melhores para o mundo, mas, principalmente, para nós mesmos. Assim, somos o que somos graças ao conhecimento. O que faremos desta vida e qual será o nosso destino dependerá tão somente do nosso grau de conhecimento.

Quando atingirmos o verdadeiro conhecimento, a plena realização de nossos potenciais, teremos condições de criarmos uma total unidade, um perfeito equilíbrio entre o saber e o ser. Seremos pessoas integradas com o mundo, com a vida, que saíram de um longo e letárgico período em que éramos pouco mais do que sonâmbulos...

“Essa é a verdadeira chave para a vida: se modificares a tua mentalidade, tuas condições se modificarão também, teu corpo irá modificar-se; tuas atividades rotineiras irão modificar-se; teu lar irá modificar-se; toda a tônica da tua vida irá modificar-se, pois o estares feliz e contente ou deprimido e infeliz, depende inteiramente do tipo de alimento mental de que te nutres.” (Emmet Fox)

O conhecimento da Humanidade amplia-se, a cada momento, em velocidade assustadora. Estamos criando o que Teilhard de Chardin chamou de “noosfera”, uma espécie de campo mental.

Paul Saffo, diretor do “Instituto Para o Futuro”, na Califórnia, afirma que “estamos entrando numa era de riqueza cultural e abundante de escolhas como nunca vimos antes na História da Humanidade.”

Conforme Paul Saffo, a Humanidade estaria entrando numa era semelhante à Cambriana, ocorrida a 539 milhões de anos atrás, quando aconteceu uma explosão de vida em nosso planeta. Em nossa época, a “explosão cambriana” estaria acontecendo novamente, só que através da criatividade. Além disso, teríamos também de levar em conta a emergente cultura de participatividade, quando deixamos de ser expectadores passivos dos acontecimentos para sermos também atores.

Esse incrível avanço do conhecimento, tanto em volume quanto em qualidade e velocidade, poderá estar criando uma espécie de “mente global”, acerca da qual existem só especulações.

Ainda não se sabe como essa mente global, na forma de rede, irá se comportar. No entanto, é paradoxal que esse imenso aporte de novos conhecimentos não venha sendo acompanhado por um desenvolvimento humanístico paralelo.

Por causa desse grande descompasso entre o conhecimento das coisas externas (do mundo) e internas (do ser humano), a grande fronteira a ser transposta, em futuro próximo, pela Humanidade, não será a do espaço sideral, mas a do espaço consciencial.

Diante de um quadro futuro tão complexo e com muitas incógnitas, é óbvio que teremos de aprender a lidar com essa massa descomunal de conhecimentos.

Teremos de saber discernir a qualidade e o valor do conhecimento, o que será útil ou não. Mas, acima de tudo, teremos de saber diferenciar o que é verdadeiro daquilo que é falso. Nossa sanidade mental e sucesso na vida dependerão disso.

O conhecimento intelectual é legítimo e verdadeiro, sendo uma das maiores conquistas da Humanidade. Mas existem muitas outras dimensões do conhecimento que também teremos de alcançar, se desejarmos continuar no caminho da evolução.

Uma dessas dimensões a serem exploradas é a do conhecimento interior. Numa cultura onde o acúmulo de conhecimentos é avassalador, dando condições a que o indivíduo receba informações acerca de tudo e quase nada a respeito de si mesmo, é óbvio que encontraremos muitas pessoas desencontradas e sem qualquer rumo na vida. Pessoas que não sabem quem são e porque elas estão neste mundo.

“Eu sou o que sei e, por saber o que sei, posso dizer que sei quem sou”.
(Francisco Souza de Almeida - Mestre Francisco)

Com palavras inesquecíveis e profundas, porém extremamente simples, Mestre Francisco transmitia ensinamentos preciosos, impregnados de uma sabedoria intuitiva, aos seus discípulos do “Centro de Cultura Cósmica – Suprema Luz, Paz e Amor”, em Brasília. Feliz de quem pôde aproveitar a sua rápida passagem por esta vida. Se as palavras do Mestre Francisco tivessem sido pronunciadas no Templo de Delfos, na antiga Grécia, não causariam nenhuma estranheza, pois o lema, ali, era: “Conhece-te a ti mesmo!”

Sem o conhecimento formal poucas coisas podemos fazer. Mas sem o conhecimento interior quase nada somos. Por isso, toda e qualquer forma de conhecimento, desde que voltada para o bem, deve ser considerada sagrada. O maior erro da Humanidade é julgar que o terreno do conhecimento deva ser inteiramente neutro. É uma das maiores questões éticas a serem discutidas no futuro, pois o ser humano jamais foi neutro. Antes de acessar o conhecimento, cada indivíduo deve estar preparado para recebê-lo. Não podemos mais brincar de “aprendizes de feiticeiros”...

Se atribuíssemos ao conhecimento o valor que ele merece, a cada vez que o buscásemos faríamos, antes, uma oração, carregada de pura e sincera humildade, pedindo que os segredos do Universo nos sejam revelados. Afinal, como tudo o que existe pertence ao Universo, é a ele que teremos de recorrer. Há, porém, alguns conhecimentos que jamais serão encontrados nos livros. Eles estão em outro lugar, fora do alcance humano e livres de profanação. A chave de acesso encontra-se no mundo dos valores.

Todos pedem ao “Pai” o “pão nosso de cada dia”. Porventura, alguém já pediu o “conhecimento nosso de cada dia”, o “alimento que supre as necessidades da alma”? Você já agradeceu por ter recebido algum conhecimento importante, uma visão esclarecedora ou uma intuição que veio a mudar a sua vida para melhor?

"Senhor de todo o Universo, diante de Vós eu peço, humildemente, permissão para entrar no “Reino do Conhecimento”. Que me seja mostrado tudo aquilo que eu possa compreender e absorver. Mas sei que essa permissão somente se dará se eu for merecedor, digno de ingressar no “Reino do Conhecimento”. Que as dificuldades que surgirem durante a busca ao conhecimento sejam menores do que a minha determinação em prosseguir nesse caminho. Que o conhecimento impregne a minha alma, como o Sol que ilumina a tudo e a todos. Que eu seja um instrumento da Vossa Vontade e que, através de mim, o conhecimento possa fluir para as pessoas que dele necessitem. Que o conhecimento que eu receba sirva apenas para o bem e que ele jamais seja utilizado para causar qualquer forma de mal. Que eu saiba discernir um do outro. Que, um dia, eu também possa afirmar: “Eu sou o que sei e, por saber o que sei, posso dizer que sei quem sou!”

Esta mensagem objetiva a difusão de princípios e valores importantes para a Humanidade, vitais para o seu momento atual e o futuro próximo. Tudo o que aqui está registrado faz parte da herança cultural que pertence a todos seres humanos, independentemente de raça, credo ou condição social, dentro do princípio fundamental de que fazemos parte de uma só família planetária. Cada um de nós tem o direito e o dever de contribuir para um mundo melhor. O texto aqui apresentado pode ser copiado, repassado ou traduzido para qualquer idioma. A meta é justamente uma difusão ampla e global, pois há questões urgentes e cujos prazos para resolvê-las estão mais curtos a cada dia que passa. Há pressa. Muita pressa!

Na mensagem de Akhenaton – uma proposta unificadora e sem fronteiras, conciliatória e fraterna poderão estar algumas das respostas que a Humanidade tanto procura neste século. Bastaria procurá-las.

Esta mensagem reflete a nossa esperança em um mundo melhor. Participem, assim, de uma corrente pelo bem do planeta e de esperança quanto ao futuro da Humanidade. Que a Luz continue presente em nossas vidas e clareando todos os caminhos. E que, sob as bençãos das forças do Bem, esta mensagem chegue até às pessoas e locais onde ela se faça necessária.

Texto: Paulo R. C. Medeiros

Que o Sol sempre brilhe em nossas vidas!