CHEGUE NA PAZ

14 de nov. de 2010

Poesia: Solidão de poeta

Os olhos vendados no desânimo que toma conta
Uma nuvem esconde o sol da confiança
Uma muralha entre o que sei que é
E o que não pode ser...
Um hiato ante o que se chegou
E o que se pretendia...

No real e no imaginário
Uma cruz no caminho da realização.

Só - ninguém é!
Existe todo um mundo
Que não nos deixa à deriva
Que nos aponta o caminho
Do brilhante ou opaco farol da vida!

Mas com o Poeta
Todas as profecias são contrariadas
E nas vidas que se renovam
os pássaros cantam nas janelas!

Os poetas não são solitários
Tem o sol, a lua, o vento, o sorriso
O mágico momento das carícias que imaginam
E que chegam a sentir...

Pode morrer como um passarinho
Sozinho, mas não só!

Pois o poeta, este criador de sonhos e utopias
Rico de velhas palavras e melancolia
Brinca, sorri, e, em êxtase
Se entrega a dor de cada pancada
Com lágrimas amargas n´alma...

O manto negro da noite tudo cobre,
As ondas do mar imaginário bate nas pedras
O Fauno da floresta se aproxima
E o Poeta cerra os olhos
E navega suavemente - na saudade
Doce saudade de um olhar!

Como é longa a noite sem ti!

Delasnieve Daspet
Campo Grande-MS