CHEGUE NA PAZ

11 de nov. de 2010

Poesia: Caminho medido

Meus passos seguem calmamente o caminho
Buscando conquistas que os sonhos me levam
Leves... soltos ... muitas vezes sem destino
Com momentos de delírios e descontroles
Mas com pisar forte e decidido.

Nas encruzilhadas da vida enfrento as indecisões com domínio
Pois está em minhas mãos o poder de escolha para onde prosseguir
Minha individualidade respeitada me proporciona um tênue sossego
Como sombras de árvores as quais o meu presente estão a resguardar
Acalmando-me como um consolo o suspeitar que causa agonia.

Sigo adiante impassível com olhar centrado
Onde o horizonte sensível se faz tão próximo de meu toque
Mesmo assim não perco da caminhada perspicazes detalhes
Percebidos por um perplexo coração que bate descompassado
Mas preparado para as surpresas que podem acontecer.

Neste caminho árduo pleno em cruzes do tempo
Acomete uma energia sublime que se faz mais forte
Vejo na escuridão de túneis ao seu término luzes coloridas
As quais comemoram o final desta etapa
Com o alívio da vitória estampado em meu semblante.

Meu norte é sempre visível e alcançável
Pessoas queridas que nestas estradas me marcaram
Completando frestas que em minha alma vacilam
Curando as feridas de meus pés descalços
Um abraço de apoio para meus ombros caídos.

Em meu rumo estrelas envolvendo a lua são muito mais lindas
São como pequenos ícones de momentos que marcaram meu passado
Admiro quase inconsciente a inércia beleza de tudo que foi vivido
Agradeço o amor verdadeiro que sempre está ao meu lado
Segurando-me nos tropeços e curando-me o coração ferido.

Na aventura deste grande desafio que é viver
O cansaço não me prevalece sequer um instante
Meus objetivos são concretos e sou persistente
É um caminho medido não pelo tempo do caminhar
Mas pela razão de seguir em direção a felicidade.

Autor: Jorge Jacinto da Silva Junior