CHEGUE NA PAZ

14 de nov. de 2010

Poesia: Eternos dias de outono...

Agora, caminho entre os bosques de minha vida
Com o coração dilacerado, a gritar pelo teu nome
Em busca de teu carinho e consolo...
Minhas mãos sentem a falta das tuas, que marcadas pelo tempo
Me traziam a segurança, o carinho e o afeto de teus lábios
Sempre a gotejarem doces palavras...

Saudades de um tempo em que me sentia amado
Que não temia o novo amanhecer
Por poder contar contigo ao meu lado.
Tempos estes, que deixaram marcas em minha alma
Lembranças de nosso amor; de uma união que exalava pureza
Eras tu a minha deusa, senhora, poetisa, estrela maior!...

De meus dias fazia minutos!...
De meu nome fez história ao me conceder
Teus ensinamentos de honra de moral e religião...
A tua maneira meiga, a me ensinar a primeira oração
Teu carinho em minhas noites de enfermidade
Teu apoio em minhas quedas
Teus ensinamentos em meus erros...

Ah!... Doce Senhora, porque me deixaste? Porque partiste?...
Deixaste meu coração dilacerado pela dor
Dor esta, que nunca cicatriza, tira a inspiração do poeta
Me torna órfão, perdido em meio ao universo...

Quando ouço o cantar dos pássaros
Quando meus olhos são presenteados
Com a linda visão do oceano
Quando caminho entre as areias alvas
A lágrima roça minha face e te quero aqui!...
Olho, grito, corro e me vejo só...

Um dia, a morte, te retirou de mim, naquele dia
Retirou o brilho da minha maior estrela!...
Quero e acredito, que nossa separação é momentânea
E isto, me dá forças para prosseguir em meio a este mundo
Que por vezes, me assusta.

Hoje, queria, como fiz por anos, colher as rosas champanhe
Colocar em teus braços te beijar
E ver teu sorriso a contemplar o momento...
Recolho-me a meu cantinho, a espera que o sol, um dia
Apresente enfim, o dia de nosso reencontro, e possa aÍ então
Te ver e novamente estar em teus braços
Mãezinha amada...
Beijos, Estrela da minha vida...

Paulo Nunes Junior