CHEGUE NA PAZ

23 de out. de 2010

Não importa o que se faz

Quando Abraham Lincoln tomou posse como presidente dos Estados Unidos, foi um choque para a aristocracia americana. Um proletário assumir a liderança do país? O senador que coordenou seu juramento à pátria fez um comentário irônico:
- Vamos ver se o filho de um sapateiro tem condições de dirigir nosso país.
- Que bom que o senhor se lembrou de meu pai. Eu gostaria de ser um presidente tão bom quanto meu pai foi um sapateiro.
- Aliás, estou vendo que o senhor está usando um par de sapatos que ele fabricou.
- Eu aprendi a consertar sapatos com meu pai e, se algum dia, os seus apresentarem algum problema, me procure que eu os consertarei.

"Não importa o que esteja fazendo, sempre tenha orgulho e crie sempre algo especial, porque é nos detalhes que você deixa sua marca."

Abraham Lincoln
Presidente dos EUA entre 1861 e 1865

Abraham Lincoln nasceu em 1809 no Estado de Kentucky, no sul dos Estados Unidos. Filho de um homem da fronteira, teve que lutar para sobreviver, com esforços para estudar enquanto trabalhava em uma fazenda e dirigia uma loja em Illinois.

Lincoln foi capitão contra um levante dos índios, passou oito anos na Assembléia Legislativa do Estado de Illinois, no norte do país, e exerceu advocacia por muitos anos no circuito de tribunais.

Como presidente, ele transformou o Partido Republicano em uma forte organização nacional, atraindo democratas do Norte para a causa da União. Em 1º de janeiro de 1863 ele divulgou a Proclamação da Emancipação que declarava a libertação dos escravos.

Ele venceu a reeleição em 1864, enquanto os triunfos militares da União prenunciavam o fim da guerra. Em seus planos para a paz, o presidente era flexível e generoso, encorajando os sulistas a baixarem suas armas e voltarem à União.

"Sem malícia contra ninguém; com caridade para com todos; com firmeza no correto, que Deus nos permita ver o certo, nos permita lutar para concluirmos o trabalho que começamos; para fechar as feridas da nação..."

Em 14 de abril de 1865, uma sexta-feira Santa, Lincoln foi assassinado no Teatro Ford em Washington por John Wilkes Booth, um ator que achava estar ajudando o Sul. O resultado foi o oposto pois, com a morte de Lincoln, morreu a possibilidade de paz com magnanimidade.